sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Crítica: Scott Pilgrim Contra O Mundo by O grito!

Posted by Jack Ford Coppola On 10:25 0 comentários


SCOTT PILGRIM É POP EM EXCESSO
Bastante acessível, obra de Bryan Lee O´Malley é claro em seu intuito de apenas entreter
A primeira coisa que você vai notar em Scott Pilgrim Contra o Mundo é que, como esperado, a obra é pop, pop até a medula. Os desenhos deBryan Lee O´Malley são muito cativantes, os personagens tem olhos enormes, a história flui com muita agilidade, o tema principal é o amor. Não tem erro: funciona e é acessível. Mas será que isso basta?
Ser despretensioso é na maioria das vezes uma qualidade. E a série Scott Pilgrim, é marcada por essa despretensão. Iniciada em 2004 com a publicação do volume Precious Little Life, pela Oni Press, a série se tornou logo uma queridinha de público e crítica. A série, aliás, ainda não chegou ao final: a publicação do último volume está programada para julho de 2010, próximo ao lançamento da adaptação cinematográfica da obra, estrelada por Michael Cera (é, aquele carinha de Juno). A interação com outras mídias não para por aí: foi anunciada também a criação de um game com o personagem.
Toda essa repercussão parece natural para quem leu, pois o canadense Bryan Lee O´Malley usa e abusa de referências pop que vão desde a influência do mangá (a japonesice dos olhos grandes, leitura ágil, diagramação oblíqua, privilégio da ação), super-heróis, videogames, música pop, comédias românticas de Hollywood. É um universo indie nerd retratado com extrema fofice, garantindo que homens de 20 a 40 anos vão gostar e suas namoradas também, irmãos adolescentes ou mais novos.
A descrição básica: Scott Pilgrim tem 23 anos, e depois de um tempo de solidão, dá início a um relacionamento quase platônico com uma colegial de 17 anos. Ah, e toca com uma banda, Sex Bob-Omb. Mas tudo muda com a chegada da avassaladora Ramona Flowers e todos os seus ex-namorados.
A Quadrinhos na Cia. pretende apresentar toda a série em três volumes, cada um contendo dois volumes da série original. Este primeiro lançamento conta com 368 páginas em preto e branco. A impressão final é um pouco como uma overdose. O quadrinho fica no fim das contas, excessivamente simpático e dinâmico, mas também soa vazio. Falta aquela pausa refrescante, em que o leitor não seja bombardeado com esse excesso de acontecimentos e facilidade de leitura: chega o momento em que o cérebro implora um momento mais “cabeça” ou mais introspectivo, que nunca acontece. Scott Pilgrim é bom, sim, mas com um pouco mais de esforço poderia transcender sua condição de mero entretenimento.
Texto original em;

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